Raramente compro presentes de Natal e quanto mais comercial essa data se torna menos tenho vontade de seguir a regra. Mas isso não significa que eu não goste de presentear; pelo contrário, me realizo quando sinto vontade de preparar algo para alguém ou quando uma oportunidade bate à porta.
Conversava ao telefone com a minha mãe programando a chegada de minha irmã e meu cunhado para o fim do ano. Ele é francês e mora na Espanha e isso nos fez pensar num cardápio que apresente um pouco da culinária brasileira e outro pouco do que nossa família costuma preparar nessa época. Pois bem, as refeições já estavam escolhidas e minha mãe acabara de voltar das compras de supermercado, disse que havia encontrado todos os ingredientes e finalizou com a seguinte frase: “Só geléia que não comprei porque as que gostamos em geral são importadas e aí não tem graça. Pensei em você trazer das suas, o que acha?”. Acho que é uma honra, claro! Peguei duas que estavam na despensa e logo mais embarco com elas, dentro da sacolinha que preparei especialmente para abrigá-las, rumo à casa da minha mãe.
A da frente é de pêssego, maçã e laranja, uma mistura entre essa e essa. A do fundo é de limão siciliano.
Outra boa oportunidade surgiu enquanto eu preparava uns biscoitinhos para servir com o café no almoço de Natal. Já havia colocado dois tabuleiros no forno e fiquei com uma pequena sobra de massa. A essa sobra somou-se a lembrança de uns confeitos coloridos e granulados de chocolate que eu havia comprado e logo decidi me aventurar num biscoito em forma de carrinho para o pequeno sobrinho.
Mas não pensem que sou contra presentes de Natal comprados, viu?! Adoro recebê-los e compro sempre que enxergo algo especial. Mas que tem outro gostinho prepará-los, ah, isso tem!
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